Todo mundo se queixa o tempo inteiro. Do tempo, do trabalho, do carinho, dos políticos e às vezes de si mesmo. A queixa é solidária, serve como motivo de conversa, é o motor de união dos grupos, é sopa da cultura social.
A queixa deveria ser a justa expressão de uma dor ou de um mal estar, mas nem sempre é assim. Às vezes acreditam tanto em suas lamúrias que acabam emprestando seu corpo, ficam doentes para comprovar o que dizem.
Surge aquela queixa em que pra se proteger do outro ou por causa do outro. Aí se culpa o outro pelo mal olhado, pela inveja ou que esse tal outro não o compreende, não faz nada certo e por isso se é infeliz.
A causa primordial de toda queixa é a PREGUIÇA DE VIVER. Viver dá um trabalhão, uma vez que a cada minuto surge um fato novo, uma surpresa, um inesperado que exige correção de rota na vida.
É claro que existe a queixa narcísica e a de justa causa, mas é muito comum o queixoso se valer das justas reivindicações sociais para mascarar seu exagerado amor próprio. Por isso se diz que toda queixa é narcísica.
É duro não ter que se queixar, as pessoas podem até perder um rumo. E dentro do tratamento analítico há de se ajustar a palavra a vida, conciliar a palavra com o corpo. Também deverá suportar o inexorável sem reclamar feita a partir de concessões de posições individuais e estar de acordo com o movimento de surpresas da vida.
__Jorge Forbes em Você quer o que deseja?
Caso você esteja enfrentando algum problema parecido com o que foi descrito acima e não consegue lidar sozinho(a), procure um psicólogo mais próximo ou entre em contato pelo e-mail ou whatsapp.