Bullying, um termo novo para um problema antigo, é uma forma de conduta agressiva, intecional, sistemática e prejudicial, que pode vir acompanhada de agressões tanto físicas quanto verbais. Normalmente ocorre em ambiente escolar, mas também pode estar presente em contextos familiares, na vizinhança, lugares frequentados e em mídias sociais.
Recentemente a mídia noticiou a morte da adolescente Dielly Santos, de apenas 17 anos, vítima de bullying. Dielly cometeu suicídio após chegar da escola. Alguns relatos de pessoas próximas afirmam que comentários maldosos e piadas sobre sua forma física eram frequentes e a adolescente se empenhava em fazer dietas por não suportar mais essas “brincadeiras”. O mais interessante do caso de Dielly, mesmo com a notícia da causa de sua morte, os comentários maldosos não cessaram.
Bullying e saúde mental
O bullying possui grande influência na saúde mental de seus envolvidos. Os efeitos desses comportamentos agressivos podem ser catastróficos, como no caso de Dielly e de muitas outras crianças que preferiram tirar a própria vida, isso se não houver medidas preventivas e protetivas às suas vítimas.

Na série 13 Reasons Why, a personagem Hannah comete suicídio após ser vítima de bullying por alunos da escola que frequenta.
O suícidio cometido por essa adolescente é só mais uma das muitas consequências que o bullying pode causar. A curto prazo podem apresentar baixa autoestima, isolamento social, alterações de humor, desinteresse pelos estudos, desinteresse pela escola, ansiedade, depressão, obsessões, compulsões, bulimia/anorexia. A longo prazo podem ser percebidas como dificuldades de relacionamento interpessoal e profissional, podem se tornar adultos agressores e apresentar comportamentos auto lesivos.
Os agressores são também consideradas vítimas, pois seus comportamentos sugerem uma relação com a violência. Na grande maioria dos casos, podem presenciar atitudes agressivas como expressão de autoafirmação, solução de problemas ou, até mesmo, ser mais uma vítima de agressões fisicas e/ou verbais. Desse modo, reproduzem tais condutas para seus relacionamentos, tanto no presente como no futuro.
Pais, cuidadores, professores e demais responsáveis, fiquem atentos aos sinais e sintomas físicos e psicológicos que aparecem sem explicação. As alterações do comportamento podem ser os primeiros sinais das vítimas do bullying.
Se a criança ou o adolescente apresentar sintomas psicológicos (depressão, ansiedade), devem ser encaminhadas a um profissional especializado. Devemos manter uma postura reflexiva sobre o assunto, de modo que a decisão sobre as medidas protetivas não seja reativa e geradora de mais violência.